sábado, 2 de janeiro de 2010

Sidney 2000 - Futebol olímpico

Sydney, 2000

Dezesseis países se enfrentaram em 32 partidas e marcaram 102 gols no Torneio Olímpico de Futebol Masculino disputado na Austrália. A Nigéria, que conquistara a medalha de ouro quatro anos antes, entrou como a principal favorita, mas no fim foi outro país africano que levou o título pela primeira vez na sua história: Camarões.

O inteligente treinador Jean-Paul Akono combinou juventude e experiência na medida certa para levar o selecionado camaronês à conquista inédita. Ele escalou jovens como Geremi Njitap, Lauren Etame Mayer e um ainda desconhecido Samuel Eto'o ao lado dos veteranos Patrick Mboma e Serge Mimpo.

Somada a uma impressionante garra, a mescla fez de Camarões uma seleção imbatível. No entanto, a viagem teve os seus percalços. O selecionado encontrou dificuldades para derrotar o Kuwait na estreia por 3 a 2 e em seguida não passou de empates apagados com República Tcheca e Estados Unidos, mas o melhor ainda estava por vir.

Os "leões indomáveis" foram a sensação das quartas-de-final ao eliminarem o Brasil, comandado por Vanderlei Luxemburgo. A partida terminou 1 a 1, com Mboma abrindo o marcador e Ronaldinho Gaúcho empatando de falta já nos descontos. Na prorrogação, apesar de a equipe atuar com dois jogadores a menos, o desconhecido Mbami saiu do banco e marcou o gol de ouro que fez dele um eterno heroi do continente africano.

A semifinal contra o Chile começou da pior maneira possível, com um gol contra marcado por Patrice Abanda, mas os leões voltaram a rugir e empataram graças a um gol do capitão Mboma. Nos instantes finais, Lauren Etame Mayer marcou de falta o gol que levou Camarões à decisão do ouro.

Os 104.098 sortudos que lotaram o Estádio Olímpico de Sydney para a final entre Espanha e Camarões viram uma partida inesquecível. Xavi abriu o marcador para os espanhóis de falta logo aos dois minutos, e Angulo poderia ter ampliado a vantagem poucos instantes depois, mas viu o seu pênalti ser defendido por Idriss Carlos Kameni. De qualquer modo, os europeus chegaram ao segundo gol antes do intervalo, com Gabri.

Mas os camaroneses não são chamados de "indomáveis" à toa. Com uma ajudinha de Amaya, que marcou contra, o país chegou ao empate pelos pés de Eto'o. Em seguida, as expulsões de Gabri e José Mari levaram os africanos ao ataque, mas a Espanha segurou o empate até o final da prorrogação.

O campeão olímpico só foi decidido nos pênaltis. Os africanos converteram todas as suas penalidades, mas Amaya realmente não estava no seu melhor dia e chutou no poste, dando pela primeira vez na história o ouro do futebol olímpico a República de Camarões.

A outra surpresa do torneio foi o Chile, que, comandado em campo pelo ídolo Iván Zamorano (artilheiro da competição com seis gols), levou a medalha de bronze. Os EUA ficaram com um honroso quarto lugar, enquanto o Brasil teve de se contentar com o troféu Fair Play.

fonte:fifa.com

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