sábado, 2 de janeiro de 2010

Los Angeles 1984 - Futebol Olímpico

Los Angeles, 1984

Quatro anos depois da ausência de diversos países por causa da invasão do Afeganistão, os países do Leste Europeu devolveram o favor com outro boicote, dessa vez alegando problemas de segurança. Assim, a poucas semanas do início dos Jogos Olímpicos de 1984, as favoritas Alemanha Oriental, Tchecoslováquia e União Soviética tiveram de ser substituídas por Alemanha Ocidental, Itália e Noruega.

Pela primeira vez os profissionais foram aceitos no Torneio Olímpico de Futebol. Porém, os jogadores da Europa e da América do Sul que já haviam disputado a Copa do Mundo da FIFA não puderam participar, o que ajudou seleções como Canadá e Egito, que chegaram às quartas-de-final.

A França, cuja seleção principal havia conquistado o título europeu poucas semanas antes, teve um início ruim ao empatar com o Catar e o Chile antes de passar apertado pela Noruega, mas decolou na segunda fase ao vencer o Egito por 2 a 0, com ambos os gols marcados por Daniel Xuereb. Na semifinal, os franceses derrotaram a Iugoslávia na prorrogação por 4 a 2 com tentos de Guy Lacombe e Xuereb nos minutos finais.

Já o Brasil, tendo como base o Internacional de Porto Alegre, precisou dos pênaltis para derrotar o Canadá nas quartas, e depois passou pela Itália na semifinal. No entanto, foram os franceses que fecharam com chave de ouro um verão inesquecível ao derrotarem o escrete brasileiro por 2 a 0 na final, com gols de François Brisson e Xuereb aos 10 e 17 do segundo tempo. Xuereb se igualou assim na artilharia a Borivoje Cvetkovic e Stjepan Deveric, ambos da Iugoslávia, com cinco gols cada.

Apesar da entrada na última hora, a Itália até que não foi mal, perdendo por 2 a 1 a disputa da medalha de bronze para a Iugoslávia, único país comunista que acabou participando do torneio. Os italianos tinham diversos jogadores que viriam a jogar no selecionado principal, como Daniele Massaro, Aldo Serena, Pietro Vierchowod e o inesquecível líbero Franco Baresi. Já o camaronês Roger Milla só viria a se consagrar seis anos depois, mas deixou a sua marca com um gol diante da Iugoslávia.

O público deu um show particular nas quatro sedes: Palo Alto (Califórnia), Annapolis (Maryland), Cambridge (Massachusetts) e especialmente Pasadena (Califórnia), onde 101.799 torcedores bateram o recorde americano para assistirem à final no Rose Bowl. Os 1.421.627 espectadores das 32 partidas fizeram do futebol a modalidade de maior público dos Jogos Olímpicos. O sucesso ajudou os EUA a convencerem a FIFA em 1988 a presentear o país com a organização da Copa do Mundo de 1994.

fonte: fifa.com

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