segunda-feira, 17 de maio de 2010

Futebol Olimpico - Londres 1948

Londres, 1948

Devido à Segunda Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos não foram disputados durante 12 anos. Nesse intervalo, o futebol profissional se desenvolveu muito, o que limitou o número de atletas amadores ao redor do mundo. Consequentemente, os países do Leste Europeu passaram a dominar completamente a competição. Entretanto, antes que o domínio se consolidasse, a Suécia conquistou a medalha de ouro em Londres. Aliás, aquele foi o único Torneio Olímpico de Futebol vencido por um país de fora do bloco soviético desde o final da guerra até os jogos de Los Angeles em 1984, quando a França se sagrou campeã.

A edição de 1948 foi um dos torneios com mais gols na história dos Jogos Olímpicos. As redes balançaram 102 vezes em 18 partidas, com uma impressionante média de 5,66 gols por jogo.

Comandados pelo técnico Rudolf Kock, os suecos tiveram um desempenho espetacular, anotando 22 gols em apenas quatro jogos. Os escandinavos venceram a Áustria por 3 a 0, massacraram a Coreia por 12 a 0 com quatro gols de Gunnar Nordahl e três de Henry Carlsson e, na final, bateram a Iugoslávia por 3 a 1 diante de 60 mil espectadores que lotaram o Estádio de Wembley. Gunnar Gren marcou dois gols na disputa pelo ouro e Nordahl marcou um, sagrando-se artilheiro da competição ao lado do dinamarquês John Hansen, ambos com sete gols.

Na semifinal a Suécia venceu a Dinamarca por 4 a 1 com um gol bastante curioso de Carlsson. Após um lance rápido em que as duas equipes se alternaram na posse da bola, Nordahl percebeu que estava impedido e entrou dentro do gol adversário para sair da posição irregular. Segundos depois, Carlsson cabeceou e marcou.

A seleção sueca era muito forte, e o título não veio por acaso. Após o torneio, Nils Liedholm, Gren e Nordahl foram contratados pelo Milan, onde se consagrariam. Nordahl marcou 210 gols pelo clube de Milão e 15 pela Roma alguns anos mais tarde. Dez anos após a conquista olímpica, Gren e Liedholm, respectivamente com 38 e 36 anos, defenderam o país mais uma vez na Copa do Mundo da FIFA Suécia 1958. Os anfitriões chegaram até a final, mas perderam para o Brasil, que já contava com Pelé, então com 17 anos.

A disputa pelo bronze foi cheia de gols. No primeiro tempo, a Dinamarca fez 3 a 2 contra a Grã-Bretanha, que era dirigida pelo técnico do Manchester United, Matt Busby. Na etapa complementar, a vantagem aumentou para 5 a 3. John Hansen e Carl Praest fizeram dois gols cada para os dinamarqueses.

Fonte: fifa.com

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